Hoje, 04/11/10, estava cortando e colando muitos cartões de Natal enquanto a protetora Jailza contava um dos piores casos de maus tratos que já ouvi em toda a minha vida.
Sentanda no sofá a minha frente, a protetor Cícera chorava, seu olhos assustados e muito tristes mostravam o medo e angústia que eram narrados.
Há pouco saíra a protetora Cleonice da sala. Atarantada e correndo para cuidar de seus peludos, contanto o número gigantesco de ninhadas de cães e gatos sendo abandonados diariamente.
A história começa assim:
Há cerca de 4 anos atrás, a protetora Jailza estava chegando em sua casa. Ao lado de sua residência um campo, com muito mato alto.
Ao passar por lá, olhou horrorizada para um velho sofá e por cima deste parecia que tinham deixado o corpo de alguém. Ao chegar mais perto e rasgar o saco de lixo preto, assustada encontrou uma boxer paralizada. Sua boca não se mexia, seu corpo magro e carcomido pelas bicheiras, que sairam de um grande buraco de seu ventre. Mas podia-se perceber dos seus olhinhos e do seu rabinho curto a maior expressão de alegria e alivio por terem a retirado de dentro daquele saco de lixo. Parecia que a boxer estava há dias por lá, meu Deus.
A Jailza correu e chamou pela dra Carla e ficou marcado para as 15 horas a chegada desta. Mas o tempo passava.
A Jailza precisava limpar a casa e do ponto aonde ela deixou a pobre boxer, num terreno ao lado da sua casa, pouco mais de 20 metros de distância, Jailza corria de um lado para o outro, sempre de olho naquela pobre criatura.
Durante as horas em que esperava a dra Carla, Jailza ia e voltava para dentro da casa. De vinte em vinte minutos seu coração pedia que ela fosse dar uma olhada na pobre cachorra.
A faxina na casa não se completava e Jailza voltava para junto da pobre cachorrinha.
Não se passaram nem 20, 25 minutos e ao voltar ao local aonde se encontrava a pobre boxer, haviam enrolado o seu pescoço por várias voltas em um arame fino e puxado o seu corpo para cima dos eucaliptos. Apesar de muito magra e judiada, ela era uma cadela muito grande fazendo com que o falho de eucalipto não aguentasse e a cachorrinha caiu do alto vindo a se estatelar no chão.
Desesperada, Jailza observou que a boxer ainda respirava e saiu correndo para dentro de casa para chamar a dra Carla.
Mas todo aquele sofrimento e desespero que a boxer passou não foi suficiente aos monstros que estavam de tocaia.
Ao retornar para o corpo da boxer, a tragédia tinha se consumado.
Naquele terreno havia muito lixo e entulho de resto de demolição. Os demônios haviam pegados pedaços grandes de demolição e atacaram por várias vezes sobre a cabeça da pobre boxer, indefesa, sem poder correr e se defender.
Sua cabeça se partira em duas, como um porco aberto ao meio, sangue escorria pelo chão, sua gengiva e dentes dilacerados para fora do maxilar.
O desespero tomou conta da Jailza, meu Deus, a boxer ainda respirava e por horas ficou inerte o seu corpo. A Jailza esperou por muito tempo até a chegada da dra Carla quando terminaram por eutanaziar a sofrida boxer.
"Ela queria viver, disse a Cícera com os olhos em lágrimas." Sim, ela queria viver!
Meu Deus...tanto sofrimento.
Dos meus olhos e dos olhos da Jailza e da Cícera as lágrimas escorriam. Pobre Jailza, se perguntava porque não tinha colocada a boxer para dentro de casa, quando então tinha apenas 4 cachorros....
Quem foram os demônios que fizeram isso?
Segundo informações, uma vizinha viu dois skatistas entrarem no terreno e ficarem naqueles minutos.
Por que fizeram tamanha monstruosidade?
Aonde estão estes demônios?
É possível fazer algo que possamos limpar este lixo da face da Terra?
O corpo da boxer foi enterrada na ponta do terreno, bem ao lado da SABESP. Precisamos fazer um memorial para a pobre boxer.
Durante duas noites a protetora Jailza não conseguiu dormir.
Agora eu, Lincoln, já sei porque a Jailza não deixa nenhum cachorro abandonado na rua e coloca os peludos para dentro de casa.
Imagens tiradas dos sites:
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